segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Antío Dr Sōkrátēs


O filósofo grego Sócrates só tem sua obra apresentada para nós, hoje em dia, graças a citações de outros filósofos, como Platão e Aristóteles. Já o seu chará, o Sócrates Brasileiro, a prova de sua existência está marcada em fotos e imagens da TV, dele jogando, atuando nos gramados tupiniquins. A semelhança vai além do nome, acredito que se viessem me contar uma história sobre um certo jogador de nome Sócrates, formado em medicina, daí o apelido de Doutor, e que se engajava politicamente contra um regime de seu país, te garanto que só acreditaria, vendo.

Pois aí está o grande trunfo do Magrão, outro apelido do ex-jogador. Sócrates sabia que o futebol era para o público, sabia do espetáculo e por isso não perdia tempo. Mostrava a todos que sabia jogar, e muito esse esporte. Calcanhar de Ouro, outro apelido, adorava mostrar que na jogada perdida um toque de calcanhar mudava tudo e, além de ajudar com a torcida gritando e adorando a jogada, desmoralizava o adversário, que ficava nervoso. Trunfos que o Doutor da bola tinha. "O calcanhar é tão surpreendente quanto a poesia", filosofou o jogador em uma entrevista a TV bandeirantes.

Um dos principais pilares da Democracia Corintiana, Sócrates era engajado politicamente. Sabia o que pensava e lutava para que se tornasse possível. Assim nascem os ídolos. Magrão era ídolo de uma nação, ou melhor de duas nações, a corintiana e a brasileira. Além da Democracia no Corinthians Sócrates se tornou, sem exagero, o maior ídolo da torcida corintiana. Em uma eleição feita pela revista placar, Sócrates oi o único unânime na votação dos 11 melhores de todos os tempos no Corinthians. Na Seleção, Sócrates foi o capitão do time da Copa de 82, só não levou o título por acaso do destino, que coloca pênaltis ao invés de pedras no caminho do Brasil. Pedras que Sócrates tiraria fácil da frente, com o calcanhar, só para manter a classe.

Porém não dá pra falar que ele não é um ídolo de todos. Confesso que não conhecia muito sobre ele, comecei a acompanha-lo no programa da TV Cultura Cartão Verde, dando declarações polêmicas e, as vezes, até me fazendo rir. Do lado de outro gênio, mas nem tanto, Xico Sá, o Magrão, como era chamado por todos no programa, falava abertamente o que pensava e não escondia nada. Nesse momento fui me tornando fã do Magrão. Falo Magrão, como se tivesse certa intimidade, porque ele era um daqueles caras que sempre sonhei em conhecer e trocar uma meia duzia de palavras enquanto tomávamos uma cerveja. Porém, o mal da cerveja, ou melhor, do álcool tirou ele da gente e levou-o para filosofar em outros campos. Fantasma Jão já veio me contar umas novidades. Quando Doutor chegou lá, Jão achou que as peladas de domingo seriam melhor, mas quando o Doutor soube da confusão do outro mundo, o futebol ficou meio de lado e agora só quer saber de instalar de qualquer maneira, uma democracia no outro mundo.

Adeus Doutor Sócrates, filósofo da bola. Já está deixando saudade aqui!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Coisas antigas

Estava dando uma geral em meu quarto, jogando as coisas velhas fora, as que realmente não me serviam pra mais nada. Dando brinquedos velhos para os mais novos e guardando coisas que realmente interessavam. Se fosse uma faxina normal, creio que duraria uma hora no máximo, mas junto com a arrumação vem as lembranças dos objetos.

Brinquedos de infância, fazendo lembrar o dia de uma brincadeira específica. Momentos nostálgicos que fazem a gente ver onde chegamos. Já no final da arrumação, achei uma cartolina dobrada, cheia de poera, quando abri tinha isso, um poema que fiz quando tinha 11 ou 12 anos, na quinta série, sobre uma cola.

Eu tenho um objeto,
você pode adivinhar
não escuta, nem fala
também não pode olhar.
Esse objeto é a cola escolar.

Essa minha cola
é cola pra moleque
tem até nome.
O nome dela é Zeep.

Essa cola, cola tudo:
imagens, figuras e tudo mais...
Até cola o
meu amor pelo meus pais.

Agora bem a parte triste.
Quando minha cola acaba.
É o fim da picada!

sábado, 29 de outubro de 2011

Sensatez Fantasmagórica

Andava pela minha casa sozinho, durante uma noite de insonia. Corria pelos corredores, me arrastando com sono, sem durmir. Ouvia barulhos, só podia ser os vizinhos malditos que não dormem e ainda ficam ouvindo essas malditas músicas. Subi as escadas e ao terminar parei para um cochilo, em pé mesmo, tinha que aproveitar qualquer momento em que ele, o sono, aparecesse. Acordei, levei um susto, havia passos atrás de mim. Gelei todo. Sou cético, mas quem não tem medo da morte? Ladrões aparecem a todo momento, nesse mundo, como anda hoje em dia. Olhei cuidadosamente para trás, era meu pai. "Vai durmir menino!", "Não consigo pai", "num faz nada o dia inteiro dá nisso, deita e dorme", "mas pai, você também está acordado!", "vai durmir, meu filho, vai!".

Não segui os conselhos do meu pai e fui na cozinha, tomar uma água, dizem que faz bem antes durmir, alias dizem muitas coisas, algumas verdades, muitas mentiras. A água estava gelada e quando me virei, algo me assustou e deixei o copo cair no chão, fez muito barulho, era um copo velho de metal, mas incrivelmente ninguém acordou. Olhei para minha frente e lá estava uma figura branca transparente, me olhando como se não me conhecesse, porém tentando indentificar se eu era a pessoa quem estava procurando. O fantasma foi se aproximando, chegando muito perto, podia sentir o ar gelado que saía do se rosto, até que ele falou, "você é o Danilo Rezende?", sua voz era fria e alongada, como se estivesse cantando na pior das afinações. Não respondi nada, o fantasma resmungou algumas coisa e tentou pegar o copo no chão, porém em vão. Repetiu a pergunta e completou, "não vou te fazer nada, temos que conversar" e apontou para o copo e disse para me acalmar e tomar mais uma água. Peguei o copo e enchi de whisky. Me sentei numa cadeira, tomei o whisky, pensei que já estava durmindo e comecei a conversar com o fantasma, que, por sua vez e condição, apenas levitava acima de uam cadeira na miha frente.

"Pode falar, o que um fantasma quer comigo?"
"Olha, meu caro ser, por ora, vivo, o outro mundo, os das almas está enfestado de gente. Mais de 80 bilhões de pessaos e vocês reclamando que ainda tem apenas 8. Por consequência, um cara lá resolveu separar uns dos outros, mas mesmo assim tá muito ruim. Até estes acontecimentos tudo bem, o problema foi quando vocês mandaram uns cara mal resolvidos para lá, eles já chegam se achando os donos do pedaço. Os de antigamente nós resolviamos fácil, eram poucos, mas agora em menos de dois anos vocês me mandam três figurões, assim não dá meu filho, assim não dá!"
"Mas do que é que você está falando? Alias, como você sabe quem eu sou? E quem é você?"
"Calma com as perguntas, meu amigo, calma. Tudo tem sua hora. Eu sou um fantasma, como você, que julgo ser uma pessoa minimamente inteligente, já pode percerber. Morri a muito tempo, acompanhei tudo, aprendi a me virar no outro mundo, devo ter um nome conhecido aqui, mas pode me chamar de Jão. Vim aqui para que você informe as pessoas o que está acontecendo lá do outro lado para que elas pensem bem antes de ir para lá, ou mandar alguém pra lá. Você escreve umas coisas não é? Então agora você vai ter que escrever sobre isso!"
"Está bem, mas ninguém lê o que eu escrevo, deve ter uma duzia de três cabeças. Por que você não apareceu para o Luiz Fernando Veríssimo, ou para o Dan Brown, você atingiria mais público!"
"Vê se alguém leva esses dois a sério. Dan Brown só escreve aquelas porcarias de Jesus tinha filho, Jesus não tinha filhos. E esse Luiz Fernando aí, daqui a pouco se junta a nós. Você ainda tem tempo pela frente. Mas vamos aos négocios. Teve um cara que chegou lá do outro lado achando que era o tal, falando que estava escondido a muito tempo e acharam ele só agora."
"Bin Laden"
"Não! O Bin veio depois!" destaco que por um certo momento, estranhei a intimidade do Fantasma Jão com o terrorista Osama Bin Laden. "Aquele o... Hussein! Esse cara chegou achando que era o tal, mas todo mundo já chegou abaixando a bola dele e mostrou qual era o seu lugar. Aí chegou o Bin, que se mostrou até simpático, conversei com ele algumas vezes, mas há algumas semanas, tudo no outro lado mudou. Chegou um tal de Carafi e falou que aquilo não iria continuar daquele jeito. Chamou o Hussein e o Bin, que se revelou um duas caras," assim dá pra saber como as pessoas são, Osama fez isso aqui na terra e no outro mundo, "se juntaram e formaram a tríplice aliança do mal e agora querem impor uma ditadura no outro mundo. Tentamos conversar com todo mundo lá, mas ninguém quer dar jeito, Gandhi falou que lutou muito na Terra e agoa quer aproveitar o paraíso, outros tantos falam que isso é problema de quem está chegando. Não como resolver. Agora os três querem outros que estão aqui para montar um império, não sei o que fazer, mas vocês tem que dar um jeito de melhorar essas pessoas antes de manda-las para lá, porque agora não tem concerto lá não!"
"Mas não posso fazer muita coisa, mas vou me empenhar para ajuda-lo nessa luta, literalmente, de outro mundo!"
"Muito obrigado, outro dia eu volto para conversamos e eu lhe passar as notícias."
"Ô Fantasma Jão, você já viu as notícias daqui, o Lula está com câncer, o Obama falava que ele era 'o cara', as vezes ele pode resolver alguma coisa lá com vocês."
"Bem pensado Danilo, mas o Zé já foi e está nos ajudando e muito!"

E o fantasma Jão sumiu numa nuvem com algo parecido com um sorriso no rosto.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por que míope?

A palavra 'se' meio que não existe na vida. "'Se' eu fosse mais aquilo, seria mais isso" e por aí vai. Mas tenho minhas dúvidas SE ela realmente não faria alguma diferença na minha vida. Até que estou satisfeito com a imperfeição do meu corpo. Não ligo de 'estar acima do peso'. Não ligo s não sou o mais bonito do mundo. Não ligo se não sei jogar futebol. Não ligo se não sei praticar esportes corretamente.

Sou satisfeito com o que sou, mas SE pudesse mudaria algo: minha míopia. Não ligo de ser míope. Está certo que as vezes brigo com meus óculos, mas isso não é problema. Porém, as vezes, me pego pensando como seria minha vida sem eles, meus óculos, ou melhor, sem ela, minha míopia.

Essa doença do olho grande, que me atinge em nível 3, três graus de miopia para cada olho, e me obriga a usar esse aterfato pós-moderno que me faz parecer diferente. SE não tivesse os óculos, seria diferente.

SE não tivesse meus óculos talvez melhorasse meus arremessos e viraria um grande jogador de basquete. Ou ainda acertaria melhor os passes e virasse um grande jogador de futebol. Ou ainda não perderia meu tempo tentando 'entender' o futebol ao invés de joga-lo.

SE não tivesse meus óculos talvez não teria que gravar como as pessoas andam, como elas vestem, como elas falam e talvez não observaria tanto as pessoas, falaria mais com elas. Talvez ocuparia minha cabeça gravando o que as pessoas gostam e não o que elas são.

SE não tivesse óculos talvez não teria essa cara de nerd metido a besta que acha que sabe tudo. Talvez fosse mais humilde e entenderia mais como as pessoas gostam de serem tratadas e não como elas deveriam ser.

Talvez eu faça a cirurgia e enxergue sem meus óculos, mas a cicatrizes serão muito maior do que qualquer marca pode deixar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mini-conto a esmo: Divisão do trabalho

- Ei! Me ajuda a carregar isso aqui. Tá pesado!
- Você tá maluco! - disse sem pestanejar o homem da prancheta - não estudei pra isso!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mulher perfeita

Se você perguntar aos homens o tipo de mulher que eles preferem, vamos escutar várias coisas diferentes. Gosto de loiras, gosto de morenas. Gosto de magrinhas, gosto de gordinhas. Gosto de baixas, prefiro as mais altas. Para todo tipo de mulher existe um tipo de gosto diferente de um homem, de modo que todas mulheres são amadas. Pelo menos por alguns instantes. Não ligo muito pra esse négocio de tempo. Um homem sabe da responsabilidade que se tem para com as mulheres. Sabe da importância que tem sobre a mulher que passou por algum tempo em seus braços. O problema feminino é achar que todo é eterno, sendo que eternidade nada tem a ver com tempo e sim com intensidade.

Agora me perguntem sobre a mulher perfeita, a minha mulher perfeita seria ruiva, mas nem tanto. Seria loira, mas nem tanto. Seria morena, mas nem tanto. Ela seria inteligente, para me ensinar coisas novas e mostrar como eu sou tapado em não percerber essas coisas. Ela seria burra, para eu ensinar coisas pra ela e mostrar como é fácil aprender essas coisas da vida. Ela me escutaria quando eu quisesse falar, quase nunca, quase não falo. Ela falaria, gosto de escutar histórias. A mulher perfeita me coomprenderia, mas criticaria meu modo de ver a vida, as vezes meio estranho, as vezes meio poético, mas sempre diferente, maluco. A mulher perfeita é aquela que habita meus sonhos e com ela eu durmo minhas noites. Ela é um cosmo. A vida, a viagem na estrada perigosa. É ela!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fim de tarde

Gosto não se discute. E não se discute mesmo, cada um tem o seu e pronto. Mesmo que ele seja esquesito, de um jeito que eu prefiro não comentar para não chocar o leitor amigo, mas gosto é algo estranho que faz com que as pessoas se dividam. Resumindo, você pertence ou não a um certo grupo, se você gosta ou não de um certo tipo de coisa. Isso varia de música a tipo de cerveja.

A partir daí, as pessoas se dividem e criticam as outras de outros grupos. Isso é tudo picuinha histórica para que possa haver o gostar e não-gostar. No mundo perfeito as pessoas iriam gostar do que quisessem e ninguém ia ligar pra isso. No mundo perfeito! Porém a um momento na vida das pessoas que o mundo perfeito acontece. Aos sábados a tarde, pouco antes de anoitecer.

Sábados a tarde, pouco antes de anoitecer, é de uma peculiaridade incrível que o mundo perfeito é ali. Pelo menos naquele momento. Douglas Adams, em sua célebre trilogia de cinco livros, O guia do mochileiro das galáxias, nos apresenta o planeta perfeito, situado em Beta de Ursa Maior. O planeta, que inexplicavelmente, é praticamente de clima sub-tropical e toda no litoral, tem sempre aquele clima de fim de tarde de um sábado, pouco antes dos bares a beira da praia fecharem.

Uma revista publicada lá fora, lá fora da terra melhor dizendo, diz que "Quando você está cansado de Beta de Ursa Maior, você está cansado da vida", é a melhor explicação para expor o quão agradável é os sábados a tarde pouco antes de anoitecer. Não existe clima melhor para fazer aquilo que você quiser, se existe algo perfeito, você com certeza vai encontr-lá nesse momento.

O maior problema dos sábados a tarde, pouco antes de anoitecer, é que a terra não para de girar e que o pouco antes de anoitecer, acaba e sua perfeição vai junto com a escuridão da noite. Não que eu não goste de noite, mas tudo se torna sem sentido quando você passou um sábado a tarde, pouco antes de anoitecer, com uma boa compania e tomando uma boa bebida. Simplismente a perfeição!

domingo, 25 de setembro de 2011

Será que foi pra mim?


Será que foi pra mim?
Aquele tchau que ela não deu
Aquele sorriso que eu não vi
Aquele beijo que eu não quis.

Passadas as semanas
Deixados os recados
Recomeço ou indiferença
São difíceis de ver.

Alimentar esperanças
Viver na falsidade
Procurar o improcurável
Achar o que não existe

Viver na agonia
Pensar na verdade
E duvidar.

Procurar e não achar
Achar sem procurar
Correr atrás
Quando já é tarde.

É, aquele tchau não foi pra mim.

sábado, 24 de setembro de 2011

O Grande Circo de um Homem Só


Está chegando à cidade
o melhor circo do mundo
criança de todas as idades
do limpinho ao imundo
prestem bastante atenção
aonde está o circo
pode vir todo mundo
do mais pobre
ao mais rico.
O circo está na cidade
aumentando as emoções
parem os carros e caminhões
liberem a felicidade.
Pode vir o engenheiro,
o padeiro e o mecânico,
pode vir a empregada,
e a professora de canto,
pode vir o jardineiro,
o leiteiro e o comerciante,
pode vir o segurança,
a secretária e o sorveteiro.
Vem chegando todo mundo
pro maior espetáculo  da terra
vai sentando todo mundo
em silêncio, sem farra.

As luzes se apagam,
os tambores rufam,
os refletores espalham
as luzes coloridas,
a cortina vermelha se fecha,
as cortinas amarelas se abrem,
as luzes se acendem
e lá no meio está o homem.


Continua...

sábado, 17 de setembro de 2011

Felicidade

A felicidade é um balão, ela tá sempre querendo subir, ficar sempre lá em cima, porém tem sempre alguém que segura para que ela não fuja, quer ela sempre perto, mas baixa.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Disfarço tristeza com sarcasmo ( 42 membros)

Existe um cara que um da chegou pra mim e disse que a vida é irônica demais pra se acreditar nela. Depois explicou toda uma teoria que explica exatamente o porquê da vida correr da maneira que ela corre. Lembro que fiquei com aquilo na cabeça e quando se prende um pensamento desse tamanho na cabeça, é díficil de tirar. Aquilo, talvez, possa ter me deixado mais triste, deprimido, porém ficar triste é muito ruim, resolvi sair andando sem rumo.

Andar na lindíssima cidade de Juiz de Fora é uma das coisas mais díficeis de se fazer, quando nessa quase-tão-maravilhosa cidade se econtra no gostosíssimo relevo mares de morro, isto é, só tem morro nessa cidade. Não adianta querer procurar um lugar sem morro, não existe. Porém existe passeios que pelo menos uma vez em sua vida o juizforano faz e, cada pessoa do mundo, deveria fazer. Andar no calçadão da rua Halfeld.

Não existe nada melhor no mundo do que passar o tempo em Juiz de Fora, do que subir e descer esse calçadão. Uma dica que eu dou, em dias de sol, faça esse passeio de bermuda ou saia, ou de berbumuda mesmo se você for adepta desse movimento. Ande pelo calçadão e sinta um rei. Ande durante as manhãs de segunda a sexta e encontre os adolescentes correndo para não se atrasarem para seus cursinhos. Ande ao meio-dia e veja os 'negociantes' procurando restaurantes na cidade para fechar os negócios que irão parar JF entre dois e três anos. Ande a tarde e veja os camêlos começarem a serem montados e procure aquela camisa do seu time favorito, ou aquele tênis 'gênerico' por uma pexinxa.

O mais importante porém é como sair do calçadão te faz bem. Na subida, chegando perto de encontrar o maior ponto de encontro da América Latina, quiçá do Mundo, o pirulito, você encontra aquelas pessoas que te fazem ser uma pessoa mais feliz, os vendedores de cartão. Como é bom ser abordado por esse tipo de pessoa. Quando chega uma perto de você, logo em seguida, como se surgindo do nada, aparecem uma manada de vendedores, te puxam pelo braço, agarram sua camisa, puxam seu cabelo, 'EU SOU UM POPSTAR', calma meninas que eu vou dar atenção a todas.

Porém elas sempre te chutam logo depois de você falar que não pode fazer o cartão, ou porque é pobre ou porque não quer. Mas tudo bem, ninguém é perfeito!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Se eu fosse um velho...

Envelhecer para cada idade que se chega deve ser difícil. Para uma criança de 7 anos, a espera do próximo aniversário, as vezes para ter sua própria festa, ou para ganhar mais presentes. Adolescentes não veem a hora de fazer seus 18 anos e se tornarem 'indepedentes'. Engano deles. A depedência só aumenta com o passar dos anos. Os trintões então? Correm cada dia para 'recuperar o tempo perdido'. Mas quando se fica veho não tem jeito, parece que o tempo já passou.
Se eu fosse um velho, no fim da minha vida, lá perto dos oitenta anos e um jovenzinho viesse me perguntar o que eu aprendi da vida, eu responderia facilmente: nada! Olharia a cara de espanto do menino e continuaria a falar: 'Calma meu filho, isso não quer dizer que eu não tenha nada pra te falar"
Se eu fosse um velho, diria a esse jovem que um dia bebesse até cair. Nada que depois o possa comprometer. Apenas para que perceba a sabedoria de um dia, quem sabe dois, de ressaca. Diria para que aproveite bem aquele dia e não encare como um dia perdido. Alias nenhum dia, é dia perdido.
Se eu fosse um velho, diria para que o jovem se apaixonasse perdidamente pelo menos uma vez na vida. Mesmo que esse amor não fosse correspondido. Lute para que ele dê certo. Mesmo que você tenha certeza que a relação seja impossível. Isso fará com que você aprenda com os relacionametos e os viva do jeito que eles devem ser vividos.
Se eu fosse um velho, falaria para esse jovem largar tudo e viajar. Falaria para conhecer o maior número de lugares diferentes possível. E falaria para que esse menino vivesse novas experiências, para que quando ele chegasse a minha idade, teria boas hostórias para contar aos seus netos.
Se eu fosse um velho, diria a esse menino que faça bons grandes amigos. Por que são eles que vão te levar pra casa quando você beber até cair. Serão eles que te confortarão e te sacanearão na sua ressaca. Serão eles que vão abrir a sua cabeça para que você deixe de amar aquela garota que não vale nada e só quis te usar. Serão eles que estarão nas fotos que você mostrará para seus netos de quando você era jovem e fazia muitas viagens.
Se eu fosse um velho, diria que jogue a vida sem medo de errar, pois sempre terá amigos para te confortar.
Falaria isso tudo, se eu fosse um velho...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sorriso

Como diria o poeta Vinicius, "é melhor ser alegre que ser triste...", parece óbvio, mas ninguém nunca antes tinha pensado. A música mostra a vintade de ser feliz, as vezes, não alcançada. Wander Wildner mesmo sendo o rei do iêiêiê, não conseguia ser alegre o tempo inteiro.
Tarefa díficil essa de ser feliz, sentimento mais concreto que pode existir. Desde o clássico de mostrar os dentes em sinal de felicidade à felicidade de um bebê que não consegue parar de mexer os braços somente por ouvir a voz dos pais ou de algum som engraçado.
Os caras do blog "Anões em Chamas" até tentaram num video muito bom sobre o "grande mistério da humanidade" que é sorrir. Se antes da evolução, como conta no video, o maior sinal de se mostrar os dentes era para intimidar seu adversario ou presa, hoje em dia, mostrar os dentes é apenas um sinal concreto (e/ou falso), de que a felicidade está ali presente.
Sorrir pode ser de várias formas. Tem aquele parente que todas as pessoas do mundo tem, geralmente um tio, que tem aquela gargalhada que a partir do moento em que ela começa, todos no recinto começam a rir junto. Ou aquela contida, não querendo passar muita coisa, apenas um disfarce da felicidade que não se quer mostrar. E ainda aquela que de tão intensa o indivíduo não consegue sequer ficar em pé, lherestando apenas deitar no chão e, literalmente, rolar de rir.
Sei que existe ainda muitas maneras de sorrir, ou demonstrar tal felicidade. Sei dos sorrisos da maldade, quase sempre ligadas a vilões da tela grande, mas de todos eles existe apenas um que me chama mais atenção. Gosto de pessoas que sorri com os olhos. A alegria dessa pessoa é tão grande, que mostrar os dentes não se torna suficiente e os olhos começam a acompanhar a boca. As vezes, nem se precisa de mostrar os dentes para ter um grande sorriso, somente os olhos já denuciam o estado da pessoa que assim sorri.
Sorriam mais e se estiverem tristes, cantem um samba: "tristeza, por favor vai embora..."

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Talk Show Inglês

A platéia estava lotada. Estavam todos espernado o grande convidado. Mas, para manter o suspense, o entrevistador chamou um outro convidado. Um homem comum.
- Voltamos aqui, com mais um (inserir aqui nome do programa). Hoje conversaremos com ele, o maior artista que este mundo jamais viu, o maior de todos os tempos. Olha só ele aí na epoca em que atuava na série Jhonny Ricardo, o vampiro surfista.
Algumas cenas depois.
- Viram! É mesmo, ele é muito bom. Mas antes temos um convidado muito especial. Ele trabalha numa lotérica e seu vício é jogar. Converso com ele, o Homem Comum.
Algumas palmas depois.
- Vem cá, meu filho, me diz uma coisa, você joga todos os dias?
- Sim!
- Mas e aos domingos?
- Eu compro raspadinhas para de manhã e a tarde aposto nos jogos da TV com meu primo.
- Mas olha só, ele não para nnca de jogar, incrível! Mas você com certeza já deve ter ganho alguma coisa?
- Na verdade, não!
- Meu Deus, mas a quanto tempo você joga?
- Desde que comecei a trabalhar na Falta de Sorte.
- Falta de Sorte é o nome da loja em que você trabalha, certo?
- Isso.
- Nome bem sugestivo, hein? (risadas) E tem quanto tempo que você trabalha lá?
- 34 anos.
- Nossa, é bastante tempo! E você nunca ganhou?
- Nunca!
- Nem os prêmios pequenos, como 100 reais?
- Não. Nunca.
- 50 reais você já ganhou?
- Não Nunca.
- 10 reais, 5 reais, 1 real?
- Nunca. Nada.
- E o que você faria se ganhasse na mega-sena, que hoje está acumulada em 500 milhões de reais?
- Não sei.
- É mesmo, nem eu sei! (risadas) É muito dinheiro não é?
- Não sei. Não quero isso tudo.
- Não! Como assim? Quanto você precisa, somente 100 milhões? (risadas)
- Não.
- Então você precisa de quanto?
- 200 mil reais.
- 200 mil reais, um belo dinheiro. E o que você faria se ganhasse esse dinheiro?
- Primeiro eu gastaria 10 mil reais. Depois...
- 10 mil reais! Gastaria em quê?
- Gastaria. Depois eu compraria um carro. Depois daria uma volta com o carro. Depois venderia o carro. E voltaria pra lotérica.
- Eu conversei com ele: o Homem Comum.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Na rua

- Oi Regina! Quanto tempo, hein?
- Menina é mesmo, quanto tempo! Como é que está a família, tá todo mundo bem?
- O Olavo continua como sempre, viajando muito, o Paulinho sente uma falta danada!
- Hum, esse é o Paulinho. Meu Deus! Como tá grande, tá com quantos anos 5 ou 6?
- Sete. Fez aniversario não tem nem duas semanas. Anda menino, cumprimenta a amiga da mãe!
- Mas tá uma gracinha esse menino, com esses bochechões me lembra muito o Juinnho quando era criança, mas hoje nem pode mas chamar de Juninho, tá enorme, nem passa nas portas lá de casa.
- Nossa, que maravilha, ele já terminou o colégio, né? Tá fazendo faculdade agora?
- Você nem acredita, tá fazendo Direito igual ao pai, quer ser juiz, mas o pai dele fala que ele tem seguir com escritório dele quando formar, já foi díficil fazer o menino escolher Direito e o pai ainda fica colocando na cabeça que tem ser advogado.
- Lá em casa é a mesma coisa, menina! O Olavo quer porque quer que o Guilherme faça administração, porque tem mais futuro, mas o menino não larga mão do teatro, quer fazer teatro pra vida toda, e não adianta falar que isso não dá dinheiro, ele fala que quer é ser feliz!
- Aninha, nem me fale isso. Sabe a Julia, minha sobrinha, foi pro Rio com uma mão na frente e outra atrás pra seguir o sonho de ser atriz, mas olha vou te contar uma coisa, não anda dando sinal de vida não, só pela aquele tal de face... face...
- Facebook!
- Nossa, mas que menino esperto esse Paulinho! Isso mesmo, Feicibuque! Mas acho que ela deve tá aprontando todas por lá. Se sabe, né? Rio é Rio!
- Ai, como eu sei! Saudade imensa de ir na lapa tomar aquele chopp! Tempo bom que não volta mais.
- Olha, vamos marcar, a gente tem muita coisa pra conversar. Toma aqui meu telefone! Me liga!
- Ligo sim, vamos sair pra lembrar as velhas histórias, Tchau!
- Tchau Aninha, manda um beijo pro Olavo e pro Guilherme! Tchau gracinha, mas que bochechas mais lindas meu Deus!
- Despede da Tia Regina, Pedrinho! Manda um beijão pro Carlos e pro Juninho! Tchau!
Trinta e dois segundos depois
- Mãe! Quem era essa...
-Mas que coisa feia Pedrinho, não deixou nem ela te beijar, nem parece que é meu filho, sem educação nenhuma, vamos anda, que já estamos atrsados pro seu médico!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma história qualquer

Ele saía de fininho
Queria ficar sozinho
Não queria mais aquilo
Não queria ser visto
A dor foi grande
Mas ele já se acostumara
Passava por isso muitas vezes
Nem seu carro mais aguentara

O coração doído
O riso era frouxo
A tristeza imperava
A felicidade não entrava

Muitos dias
Andando com vários amigos
Jhonny Walker, Jack Daniels
Jose Cuervo e o 51
Bom brasileiro ele era
Não diferenciava as classes
Voltou o coração a sorrir
Também, com esses amigos
Acho que qualquer um

Como sempre fazia
40 dias de cama
Mas não tinha jeito:
A recaída
- Será que ainda me ama?
Andava sem força
Procurava sempre seu rosto
Não achava o queria
Nem era procurado por quem fosse

Toda história tem mudanças
A Dele não foi diferente
Um dia num desfile de moda
Voltou a mostrar os dentes
Passou linda na passarela
Ela o viu primeiro
- Quem será aquele cara,
que nem notou meu cabelo?
Não gostava de modelos
Achava “fúteis e anoréxicas”
Mas tudo havia mudado
Ela uma nova Mônica
Ele um novo Eduardo



Dizem as más línguas que continua...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vantagem dos míopes

"A vantagem dos míopes é enxegar onde as grandes vistas não pegam", de certo modo, quando Machado de Assis afirmou isso, ele estava certo. Parece que a humanidade inteira de olho 'normal' enxerga sempre a mesma coisa e, pelo menos comigo, essa história é um pouco diferente.

Não que eu me compare a ele, Machado de Assis, o grande escritor brasileiro, mas que de alguma maneira o compreendo bem quando ele diz essas coisas a respeito dos míopes. Ter a vista boa parece ser algo que bom, porém com a vista boa se enxerga aquilo que todos veem. Que vantagem há nisso?


Míopes são facéis de serem reconhecidos quando não estão de óculos. Sempre quando alguém te cumprimenta com os olhos 'apertados'como um oriental ou se a pessoa nem te cumprimenta é um grande sinal de que a pessoa é míope. Como não enxergamos de longe, esses artificios são sempre bem colocados para poder enxergar, porém prefiro não me utilizar dessas 'facilidades'.

Depois de um certo tempo tentando enxergar sem óculos, desisti de ver as pessoas. Porém isso não é muito bom para relações sociais durarem. Por causa disto criei alguns metodos que me façam identificar as pessoas de longe, sem precisar ver o rosto.


Primeiro, identificava as pessoas pelas roupas que as pessoas usavam. Como não dá pra gravar o gurda-roupas de todas as pessoas que conheço, gravava o estilo de roupa que usavam. Porém as pessoas mudam de estilo como os leitores nem possam imaginar, complicando todo o meu esquema de identificação.

A partir daí comecei a ver um outro modo, comecei a percerber detalhes que ninguém percebe nas pessoas, como o jeito de andar, o jeito de ficar parado, como a pessoa se coloca em certos lugares... assim fui conseguindo essa visão diferente que Machado fala. Comecei a ver o que os olhos normais não veem. 

A maior vantagem disso tudo foi, com certeza, que depois de assumir os óculos, não perdi essas percepções. Hoje em dia, ainda consigo ver o que "as grandes vistas não pegam", porém, de certo modo, com a vista grande também.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Barba, Cabelo & Bigode #1 - Pessoas Afetadas

Sei que não venho postando muito, porém não tenho tido tempo para dissertar acerca de assuntos interesantes para meu exigente público (mentira, estou com preguiça mesmo). Para compessar essa perda de contúdo darei ínicio hoje a uma coluna onde tratarei de a fundo de vários assuntos, em discussão nas aulas das faculdades e, porque não, dos assuntos que rodeiam o botecos do meu Brasil.

Para começar falarei de algo que vem chamando minha atenção a algum tempo: as Pessoas Afetadas. Alguns 'teoricos' não gostam desse termo, mas eu não vejo outro nome adequado para expessar esse tipo de pessoa. Pessoa Afetada é aquela que está infectada pelo vírus da burrice, para ser mais exato. Porém não basta ser burro para ser afetado, é preciso ir além.

Pessoa Afetada é aquela que, quando não nada melhor para dizer, falam a maior besteira do mundo. Pessoas Afetadas são aquelas que você, antes de se encontrar, supõe ter um nível intelectual no mínimo mediano, porém na primeira vez que abrem a boca, você percebe que era melhor ter ido conversar com seu papagaio.

Porém não basta falar essas coisas para ser uma pessoa afetada. É preciso mais traços físicos que apresente tal anomalia. Até porque, conheço muita gente que fala besteiras, porém com conciência, se é que seja isto possível. As Pessoas Afetadas estão num nível maior de desconhecmento do mundo que é impossível colcar com palavras. Seria nescessário videos, imagens e uma boa explicação.

Pessoas Afetadas tem olhar de pessoas afetadas. Como eu disse, é muito díficil explicar o que é um olhar de pessoa afetada, entretanto tentarei fazer um esboço. Geralmente é pelo olhar que se percebe se uma pessoa é ou não afetada, por exemplo, é um olhar vago, sem destino, escuro sem sentido, juntado a expressões do rosto que não desmosntram absolutamente nada. Esse é um tipo pouco comum de pessoa afetada, já que, uma boa parte das pessoas afetadas de hoje vá parar na TV.

O tipo mais comum é, como eu disse, aquele de que se espera algo e quando o indivíduo afetado abre a boca você escuta algo do tipo: "Ai, meu deus! não acredito!"

domingo, 1 de maio de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Furacão

Parecia apenas chuva fina
Chegou sem ninguém perceber
O sol brilhava entre nuvens
A chuva foi caindo, veio chegando
Caiu em poucos lugares
As nuvens foram aumentando
Num domingo ela apertou
Especialistas disseram que duraria dois dias
Depois de uma semana
O furacão passou, a tempestade veio forte
Depois de um dia
tudo mudou
O sol não brilhava mais,
as nuvens ainda permaneciam
Alguns até diziam em terremotos
Tremores na terra
Que deixaram buracos no meu coração.