terça-feira, 23 de setembro de 2014

Um autógrafo, um papo e uma foto

Passava da meia-noite e o senhor de 77 anos já estava a mais de 3 horas dando autógrafos na entrada do Teatro. Isso tudo depois de uma hora e meia de conversa com o público. Quando encontrei aquele senhor, não pude resistir a uma boa conversa particular.

- Boa noite, Seu Veríssimo!
- Boa noite!
- O autógrafo no livro não é pra mim, é pra uma amiga. Nome dela é Marianna. Com dois Ns.
- Humm, dois Ns.
- Na verdade eu só vim aqui pra conversar com o senhor. Sou um grande fã.
- Que bom, fico agradecido.
- Até criei um pseudônimo pra mim, quando tinha uns 15 anos, com nome de Fernado.
- Fernado? Agora sem N?
- Isso, era pra ser Fernando, como o senhor, mas na hora de montar o blog digitei errado. Mas gostei do resultado e deixei. É diferente.
- E você ainda escreve nesse blog?
- Não muito. Parei, mas pretendo voltar.
- Qual o nome do blog?
- Fernado Jose, o Chato de Cartola. Jose sem acento também. Se é pra "errar" que erre tudo de uma vez.
- É verdade. Agora e esse chato aí? É inspiração em mim também?
- Não senhor, é mais em outro escritor. No Machado de Assis. Uma vez li uma crônica dele sobre as pessoas chatas, daí coloquei o nome de Jose, a princípio, em homenagem a ele. Mas só depois fui ver que ele se chamava Joaquim na verdade.
- Se você olhar bem, Fernado Joaquim, não iria ficar bom.
- É verdade. Obrigado pelo autógrafo.
(Pausa pra foto)
- Boa sorte na sua carreira de escritor, mas você não me disse seu nome.
- É Danilo.
- Boa sorte Danilo!
- Obrigado Seu Veríssimo!

E assim fui embora pra casa com a foto no celular e a conversa silenciosa que eu tive na minha cabeça, enquanto o senhor assinava o livro.

(aproveito o espaço para deixar os Parabéns ao Veríssimo que faz aniversário, sexta 26)

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